O que é, causas, sintomas
O transtorno de personalidade antissocial, conhecido como TPAS, é um transtorno encoberto de muitas dúvidas sobre seu funcionamento.
Como seus usos em livros, séries de tv e filmes produziu um estigma sobre as pessoas que possuem esse tipo de transtorno, fez com que a sociedade os visse como possíveis assassinos, perigosos para a sociedade.
Embora os números possam variar de acordo com as pesquisas, estima-se que entre 1% e 2% da população mundial tenha o transtorno de personalidade antissocial, no Brasil segundo o Jornal da USP esse número poderia ser entre 2 milhões a 4 milhões no Brasil.
Embora esse transtorno tenha ficado famoso devido as mídias que veiculam personagens psicopatas e sociopatas como Norman Bates, Hannibal Lecter, Patrick Bateman, Annie Wilkes e o Coringa, há muito mais a se entender sobre ele.
O transtorno de personalidade antissocial (TPAS) é uma condição que muitas vezes é confundida com a psicopatia e sociopatia.
Os sintomas de transtorno de personalidade antissocial são bem variados e podem se confundir com outras condições, o que é marcante TPAS é a prática de:
Além disso, um dos sintomas mais marcantes do transtorno de personalidade antissocial é a ausência de culpa em ter ferido alguém, maltratado ou roubado outras pessoas.
Um padrão difuso de desconsideração e violação dos direitos das outras pessoas que ocorre desde os 15 anos de idade, conforme indicado.
A probabilidade de desenvolvimento de transtorno da personalidade antissocial na idade adulta aumenta se o transtorno de conduta do indivíduo teve início na infância (antes dos 10 anos) e se houve também déficit de atenção/hiperatividade associado. Abuso ou negligência infantil, paternidade/maternidade instável ou errática ou disciplina parental inconsistente podem aumentar a probabilidade de o transtorno da conduta evoluir para transtorno da personalidade antissocial.
O transtorno da personalidade antissocial tem um curso crônico, mas pode se tornar menos evidente ou apresentar remissão conforme o indivíduo envelhece, em particular por volta da quarta década de vida.
Embora essa remissão tenda a ser especialmente evidente quanto a envolvimento em comportamento criminoso, é possível que haja diminuição no espectro total de comportamentos antissociais e uso de substância.
O transtorno da personalidade antissocial tem um curso crônico, mas pode se tornar menos evidente ou apresentar remissão conforme o indivíduo envelhece, em particular por volta da quarta década de vida.
Embora essa remissão tenda a ser especialmente evidente quanto a envolvimento em comportamento criminoso, é possível que haja diminuição no espectro total de comportamentos antissociais e uso de substância.
O transtorno de personalidade antissocial possui uma forte causa hereditária. Além disso, há uma predominância maior em homens do que mulheres.
Porém, atualmente entende-se que só a predisposição biológica não é o suficiente para configurar o transtorno, e sim as interações entre os diversos fatores biológicos, sociais e psicológicos.
Os níveis hormonais, assim como malformações do córtex pré-frontal e na amígdala podem gerar dificuldades de comportamentos sociais e facilitar o desenvolvimento, assim como experiências traumáticas e de violência durante a infância.
Esse transtorno não possui cura, mas pode ser tratado adequadamente de modo que a pessoa que o porta não se sinta incomodada na presença de outras pessoas e não manifeste os sintomas.
O diagnóstico do Transtorno de Personalidade Antissocial é realizado pelo psiquiatra, que leva em conta os critérios acerca deste transtorno.
O paciente que se encaixa na descrição dos sintomas tem uma grande possibilidade de ser diagnosticado.
Por não apresentar alguns sintomas como ansiedade, depressão e alucinações, normalmente, portadores de TPA não são diagnosticados tão facilmente e, por conseguinte, não são encaminhados para tratamento.
O TPA se manifesta em graus distintos e, desse modo, a expressão psicopatia não é mais aplicada em termos de diagnóstico, mas apenas em âmbito forense, quando por sua condição, a pessoa pode apresentar um alto nível de periculosidade.
O Transtorno de personalidade antissocial corresponde a um padrão persistente de comportamento desviante que se manifesta e influência na área da cognição, controle de impulsos, funcionamento interpessoal e afetividade.
Já a psicopatia é um dos termos antigos usados na psiquiatria para se referir a uma pessoa que de forma exclusivamente biológica manifesta as características de manipulação, não possuir empatia, não formar laços afetivos, inteligência elevada e tendência criminosa.
Hoje, na psiquiatria entende-se que esse conceito se encaixava em pouquíssimos casos, e muitos dos ditos psicopatas apresentam outros sintomas, assim precisando ser remodelado a nomenclatura e critérios de diagnóstico.
O tratamento desse transtorno é realizado de diversas maneiras, como é um transtorno entendido de forma multicausal, é preciso também que seus tratamentos contemplem áreas diversas da saúde e vida da pessoa.
Os tratamentos mais comuns para esse tipo de caso é o uso de diferentes terapias e psicoterapias para controle emocional, investigação das causas e desenvolvimento de novas habilidades e o uso de medicamentos para controle de sintomas e humor.
Psicoterapia: A psicoterapia auxilia no autoconhecimento e mudança de traços comportamentais perigosos para si e para outros, como a impulsividade acentuada e agressividade, e trabalhar a sensibilidade por outras pessoas.
É essencial para um bom resultado a curto prazo e necessária para maiores mudanças e feitos a longo prazo, embora não a garantias que no tratamento desse transtorno seja possível grandes mudanças a longo prazo.
Terapia cognitiva comportamental: A Terapia Cognitiva Comportamental (TCC) é uma abordagem da psicoterapia, mais focada na dualidade do cognitivo e comportamento, onde os comportamentos disfuncionais que uma pessoa realiza derivam de crenças irracionais daquela mesma pessoa.
A TCC tem bons resultados principalmente no controle da agressividade e em esquematizar exercícios e atividades para uma evolução gradual do paciente, que por geralmente possuírem tendências perfeccionista e organizadas podem se adequar melhor a esse modelo.
Também outro modo de abordagem da psicoterapia, porém focada em desenvolver a capacidade de mentalização da pessoa, que consiste em imaginar e interpretar as ações próprias e de outras pessoas.
Nesse caso, ajudando ao entendimento do direito e respeito ao próximo, aprendendo a regular sua afetividade, ajudando no controle comportamental, capacidade criar e cumprir objetivos.
Medicação: Os medicamentos são usados de maneira complementar ao tratamento para realizar o controle hormonal e de humor, como não existem medicamentos específicos para o transtorno, faz-se o uso de ansiolíticos e antidepressivos.
O uso de medicação pode ser importante para um tratamento mais saudável e controlado, principalmente em casos mais graves, onde já houve surtos e/ou crimes cometidos em função do transtorno.
Internação: A internação psiquiátrica pode sim ser necessária e eficaz, muitos ainda lembram do modelo antigo de internação como algo que lembrava mais uma prisão do que um instituto focado no tratamento.
Porém, na atualidade as clínicas de reabilitação são humanizadas e com tratamento exclusivo para cada paciente, no caso do TPAS é importante para que se desenvolva a socialização e sejam trabalhadas múltiplas áreas da pessoa.
O transtorno de personalidade antissocial é muito lembrado por fatores característicos representados em diversos meios de entretenimento, contudo, pôde-se observar que é muito mais complexo e diferente do que se imaginava primeiramente.
Dessa forma, também é possível para o portador de transtorno de personalidade antissocial viver uma vida tranquila e longe de problemas e criminalidade a qual é tão associado, tudo depende de um bom tratamento.
Embora o diagnóstico não seja fácil de ser realizado, é importante a busca por ajuda para si mesmo, algum amigo ou familiar que se encaixe nos sintomas citados durante o texto.
A diferença entre uma pessoa que põe em risco a si mesma e a outra do que viver sua vida amorosa e profissional bem é um tratamento realizado na hora correta.
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