Espectro da Esquizofrenia

O que é esquizofrenia, sintomas e causas

Não existe somente aquela “esquizofrenia clássica” com os mesmos sintomas de alucinações auditivas e visuais, assim como perda de controle e quebra de realidade.

Embora casos como esse existam, eles são só uma parcela de um espectro maior.

Estima-se que 1 em cada 100 pessoas no mundo possuem algum tipo de esquizofrenia, porém homens começam a manifestar os sintomas ainda na adolescência, já as mulheres na meia idade.

A esquizofrenia paranoide é o tipo mais comum de esquizofrenia, isso acontece, por conta dos sintomas paranoicos em que englobam esse subtipo.

Sendo assim reconhecida como o tipo “padrão” de esquizofrenia, mas o que a diferencia das outras?

O que é a esquizofrenia paranoide?

A esquizofrenia paranoide é caracterizada pelos sintomas de paranoia, que traz consigo sintomas como delírios, alucinações, alterações de humor, dificuldades de articulação na fala, mudança de personalidade, despersonalização e fuga da realidade.

A esquizofrenia paranoide é classificada pelo CID (código internacional de doenças) como um transtorno mental de forma que o estado mental mais presente é o delírio, sendo mais comum a mania de perseguição, acompanhados de perturbação dos sentidos e alucinações.

A depender do nível do transtorno as pessoas conseguem viver normalmente, com os sintomas estáveis e realizar suas tarefas do cotidiano, mas também em casos mais graves pode ser difícil conviver em sociedade e com seus amigos e família.

Principais fatores de risco de esquizofrenia: Entenda

A esquizofrenia possui alguns fatores de risco para seu desenvolvimento, dentre aspectos biológicos, sociais e psicológicos, sobre eles falarei agora.

Como fatores biológicos podemos destacar a maior chance que se tem de desenvolver esquizofrenia se os pais ou outros parentes muito próximos já possuírem esquizofrenia ou algum outro tipo de transtorno psicótico possuem até 15% mais chances.

Fatores do ambiente também podem influenciar desde a gestação, fatores que mexam com a formação cognitiva e psíquica, por exemplo viroses e depressão da mãe durante a gravidez.

No período neonatal e da infância são os principais considerando a influência para esquizofrenia, como complicações no pós-gravidez, infecções que afetam o sistema nervoso central como a meningite e encefalite, mas também traumas e abusos durante a área da infância, sejam eles físicos, psicológicos ou sexuais.

Há também o uso de drogas que podem acelerar uma predisposição que a pessoa já tem, assim como causar danos cognitivos que podem resultar futuramente em transtornos esquizofrênicos.

As drogas mais associadas à esquizofrenia são as com efeitos alucinógenos, como MD, LSD, cogumelos alucinógenos, maconha e haxixe.

Em especial a maconha, é amplamente conhecida na comunidade científica especializada por amplificar as chances de desenvolvimento de depressão e esquizofrenia.

Um estudo da universidade de Copenhagen confirmou com o uso de Cannabis aumentam em até 4 vezes o risco de desenvolvimento de esquizofrenia.

Quais são os tipos de esquizofrenia?

A esquizofrenia pode ser dividida em alguns subtipos, aqui iremos detalhar os mais específicos e que estão de acordo com o CID-11; Veja abaixo:

Esquizofrenia paranoide: Na esquizofrenia paranoide, como foi falado anteriormente, a característica dominante é a da presença de sintomas de paranoia, como os delírios de perseguição, alucinações auditivas de vozes de comando ou persecutórias.

Esquizofrenia simples: A esquizofrenia simples se caracteriza pela mudança de comportamento e personalidade principalmente.

É comum que pessoas com esse tipo de esquizofrenia procuram muito o isolamento social, pois ficam dispersas aos acontecimentos do dia a dia e a outras pessoas.

Pode acontecer que a pessoa pareça insensível à vista dos outros, pois a pessoa não consegue se expressar do jeito correto, não consegue se conectar com as emoções vindas do outro.

Esquizofrenia desorganizada ou hebefrênica: Nesse tipo de esquizofrenia é caracterizado pelas alterações emocionais e de pensamentos projetando um comportamento altamente irresponsável e inconsequente, com a presença de maneirismos.

Outra parte que vale a pena ressaltar é a alteração na parte afetiva, onde procura se distanciar e expressar de forma inapropriada ou superficial.

Pode aparecer também com os pensamentos e falas desconexas e desorganizadas, é muito comum que durante um pico dos sintomas não consiga ser entendido por outras pessoas.

Esquizofrenia catatônica: Na esquizofrenia catatônica ocorre a predominância de padrões de sintomas psicomotores, podendo apresentar aumento da amplitude dos sentidos ou o estado de catatonia, estado em que a pessoa fica imóvel e aparenta não estar lá mentalmente.

Nesse estado é comum a pessoa apresentar ecolalia (repetição da fala), alucinações durante o episódio, geralmente de formas de experiências e lembranças vividas.

Esquizofrenia residual: Se trata da evolução natural de uma esquizofrenia não tratada ou que reduziu, pois ainda há a presença de muitos sintomas como embotamento afetivo, dificuldade na comunicação, falta de iniciativa, lentidão dos processos psicomotores e alterações de pensamentos.

Esquizofrenia indiferenciada: A esquizofrenia indiferenciada são casos raros onde apresenta sinais de esquizofrenia, porém sem a predominância excessiva de nenhum dos aspectos que caracterizam os outros tipos.

Inclusive podem exibir padrões de sintomas de mais de um dos tipos, porém sem a capacidade de diagnosticar um dominante.

Quais os principais sintomas da esquizofrenia paranoide?

Como dito, esse tipo de esquizofrenia é bastante marcado pela presença dos delírios persecutórios e alucinações, que configuram o quadro de paranoia, porém para além disso existem outros sintomas, como:

  • Apatia
  • Irritabilidade
  • Falta de cuidados pessoais e higiene
  • Alterações de comportamento e personalidade
  • Dificuldades para dormir
  • Fala e pensamentos de mal articulados
  • Queda nas atividades cognitivas de atenção e concentração 

Qual a diferença entre esquizofrenia e esquizofrenia paranoide?

A esquizofrenia quando falamos em termos gerais se refere ao complexo todo, o fenômeno inteiro, a esquizofrenia “base” e todos os seus subtipos, já a esquizofrenia paranoide, apenas a esse subtipo.

Embora a esquizofrenia paranoide seja o subtipo mais comum da esquizofrenia, e quando se referem aos sintomas clássicos dela, é muito provável que esteja pensando na esquizofrenia paranoide, não podemos dizer que as duas são a mesma coisa.

Pois isso descaracterizaria a existência de todos os outros tipos categorizados e não categorizados de esquizofrenia.

Qual o comportamento de uma pessoa com esquizofrenia?

O comportamento base de uma pessoa esquizofrênica varia de acordo com o tipo de esquizofrenia que a pessoa tem, a intensidade e as próprias vivências e experiências que cada um teve.

Em casos mais comuns, como o da esquizofrenia paranoide, a pessoa costuma ficar um pouco mais fechada, momentos de perda de contato com a realidade, alucinações e delírios, ficam confusas com as repercussões de seus delírios e alucinações.

Por exemplo, achar que está sendo perseguido e observado por forças secretas por algo que supostamente fez, mas depois volta para a realidade pode causar sofrimento.

Principais fatores de risco de esquizofrenia: Entenda

A esquizofrenia possui alguns fatores de risco para seu desenvolvimento, dentre aspectos biológicos, sociais e psicológicos, sobre eles falarei agora.

Como fatores biológicos podemos destacar a maior chance que se tem de desenvolver esquizofrenia se os pais ou outros parentes muito próximos já possuírem esquizofrenia ou algum outro tipo de transtorno psicótico possuem até 15% mais chances.

Fatores do ambiente também podem influenciar desde a gestação, fatores que mexam com a formação cognitiva e psíquica, por exemplo viroses e depressão da mãe durante a gravidez.

No período neonatal e da infância são os principais considerando a influência para esquizofrenia, como complicações no pós-gravidez, infecções que afetam o sistema nervoso central como a meningite e encefalite, mas também traumas e abusos durante a área da infância, sejam eles físicos, psicológicos ou sexuais.

A esquizofrenia tem cura?

Não! Por se tratar de um transtorno mental que acontece de forma crônica, não é possível dizer que há uma cura.

Mas com o tratamento adequado é possível rescindir os sintomas, isso é reduzi-los ou retirá-los completamente, porém com o tempo podem vir a retornar.

Tratamentos como a psicoterapia, o uso de medicamentos e a internação quando necessário costumam funcionar, veja mais sobre a seguir:

Esquizofrenia paranoide: Tratamentos

Os tratamentos mais indicados para a esquizofrenia são o uso de psicoterapia e de medicamentos, os medicamentos ajudam a controlar os níveis hormonais que levam aos sintomas mais comuns de cada tipo.

Já a psicoterapia funciona como forma de conscientização para o paciente sobre a doença, da mesma forma que promove o autoconhecimento e autonomia, tratando também os sintomas e problemas paralelos à esquizofrenia.

Em casos em que os serviços médicos convencionais não deram resultados, é aconselhável que procure por clínicas de reabilitação especializadas em saúde mental, pois nelas há o uso de diversas técnicas de tratamento, além das psicoterapias e medicamentos usuais.

Enquizofrenia e o Consumo Maconha

Como a droga interfere no cérebro

A cannabis, popularmente conhecida como maconha, é a substância ilícita mais consumida em todo o mundo. Estima-se que aproximadamente 160 milhões de pessoas ou cerca de 4 por cento da população do mundo, entre as idades de 15 e 64 anos, fazem uso de cannabis pelo menos uma vez ao ano. Com registros de uso que remontam a milhares de anos, a cannabis possui a capacidade de induzir uma variedade de efeitos psicoativos, como sentimentos de euforia, relaxamento profundo, entre outros. Além disso, em diversos países, a cannabis tem sido legalizada para fins medicinais ou recreativos, aumentando assim o seu uso e relevância contemporânea.

Logo, surge a pergunta: como será que essa droga afeta nossa mente? Estudos recentes têm se dedicado a essa questão, revelando verdades importantes sobre o impacto da maconha no cérebro e em processos cognitivos e psicológicos. Este texto pretende explorar essas pesquisas e aprofundar o entendimento sobre os efeitos da maconha na mente humana e sua relação e efeitos na esquizofrenia.

O que é esquizofrenia?

Embora seja um transtorno psicótico muito conhecido, a definição precisa da esquizofrenia é fruto até hoje de intensas discussões nas várias ciências que estudam o tema. No entanto, é comumente definida por ser um transtorno mental caracterizado pela perda de contato com a realidade, alucinações, pensamento e comportamento anormal, uma piora da função mental, entre outros. Os sintomas incluem alucinações, delírio, pensamento desorganizado, embotamento afetivo e dificuldades na função social. Essas condições podem impactar significativamente a vida diária e as relações interpessoais.

A esquizofrenia tem prevalência mundial de cerca de 1% e ocorre na mesma proporção em homens e mulheres. No entanto, as mulheres possuem um melhor funcionamento social antes do desenvolvimento da doença, e possuem melhor prognóstico, enquanto os homens são mais propensos a ter sintomas negativos. É desafiador identificar o início da esquizofrenia devido à falta de compreensão dos sintomas, o que pode resultar em atrasos significativos no acesso ao tratamento por vários anos. Em média, os sinais da doença começam por volta dos 20 a 25 anos em homens e um pouco mais tarde em mulheres.

A deterioração do funcionamento social pode levar a problemas adicionais, como o abuso de substâncias, incluindo o uso de maconha, bem como a situações de pobreza e até mesmo o desabrigamento. Pessoas com esquizofrenia não tratada podem se distanciar de seus familiares e amigos, às vezes chegando a viver nas ruas de grandes cidades.

Uma questão bem procurada a respeito da esquizofrenia é sobre ela ser ou não uma paranoia, se tem alguma ligação e suas diferenças. De fato, são duas condições diferentes, a paranoia se identifica como um medo injustificável, relutância em confiar nos outros, interpretações errôneas das observações e até mesmo delírios. Enquanto a esquizofrenia se apresenta com as características já citadas anteriormente.

O Consumo de maconha e sua relação com a esquizofrenia

Há uma relação em estudo entre a esquizofrenia e o uso de maconha. Pesquisas apontam uma alta frequência de consumo de maconha entre pessoas com esquizofrenia, sugerindo assim uma conexão entre as duas condições. Acredita-se que o uso de maconha pode aumentar o risco de desenvolvimento de transtornos psicóticos em indivíduos vulneráveis.

O consumo de maconha entre pacientes com esquizofrenia é prevalente na Europa e nos Estados Unidos, levantando a questão de uma possível relação entre o uso da cannabis e o desenvolvimento de transtornos psicóticos. Um estudo recente conduzido por Cahn et al. investigou essa questão examinando os volumes de diferentes estruturas cerebrais em pacientes no primeiro episódio de esquizofrenia que também eram usuários de maconha.

Um estudo recente investigou as diferenças no volume cerebral em pacientes no início da esquizofrenia, comparando aqueles com e sem histórico de abuso ou dependência de maconha. Os resultados não mostraram diferenças significativas de volume cerebral entre os dois grupos. No entanto, os pacientes que nunca haviam consumido maconha apresentaram um aumento no tamanho de uma estrutura cerebral chamada ventrículo lateral esquerdo em comparação com o direito, enquanto essa diferença não foi observada nos que faziam uso da droga. Isso sugere que o uso de cannabis pode ter um efeito surpreendente na simetria cerebral, ou seja, no funcionamento dos dois lados do cérebro. 

Os efeitos da maconha na cognição e psicologia

A maconha é atualmente uma das drogas mais amplamente utilizadas, com um histórico de milhares de anos de uso pelos seres humanos. Ela é conhecida por induzir uma sensação de alegria e relaxamento, mas também pode afetar a cognição das pessoas. Vários estudos recentes publicados em revistas científicas respeitáveis, como o The Journal of Psychopharmacology, Neuropsychopharmacology e International Journal of Neuropsychopharmacology, têm buscado compreender como a maconha afeta a mente.

É crucial destacar que a maconha é uma substância ilícita amplamente consumida, seja por motivos recreativos ou médicos. No entanto, apesar de sua popularidade, poucos estudos têm explorado as possíveis consequências neurotóxicas a longo prazo do uso da cannabis. Graças ao uso de técnicas de neuroimagem, os cientistas têm começado a investigar os impactos da maconha no cérebro humano, permitindo a análise de mudanças na anatomia e na função cerebral.

O debate sobre os efeitos da maconha no cérebro humano está se intensificando, com muitas preocupações sobre possíveis prejuízos cognitivos  e transtornos psiquiátricos persistentes, dadas as altas taxas de uso da maconha e a carência de informações sólidas sobre seus efeitos a longo prazo. É notável que existem menos pesquisas disponíveis sobre a maconha em comparação com outras substâncias de abuso, como o álcool.

O que se têm de estudos conclusivos no momento é que o uso da cannabis acarreta um comprometimento agudo da memória e do aprendizado, ou seja, da habilidade cerebral em reter informações – que se denomina capacidade cognitiva, mas não é tão evidente que seja um comprometimento neuropsicológico duradouro. Ou seja, embora a maconha seja amplamente utilizada e debatida, ainda há muitos aspectos desconhecidos sobre seus efeitos no cérebro humano. Os estudos de neuroimagem até o momento têm produzido resultados inconclusivos, tornando o debate em torno dessa questão cada vez mais fervoroso.

Estudos de neuroimagem sobre os efeitos cerebrais da maconha

Estudos de neuroimagem têm desempenhado um papel fundamental na busca por compreender os efeitos da maconha no cérebro humano. Essas técnicas avançadas permitem a visualização e a análise das estruturas e funções cerebrais, oferecendo insights valiosos sobre como a cannabis afeta o órgão central do sistema nervoso.

Consequências neurotóxicas de longo prazo de uso de cannabis

Uma das áreas mais exploradas em pesquisas de neuroimagem relacionadas à maconha é o sistema endocanabinoide do cérebro, que é fundamental para o processamento das propriedades psicoativas da cannabis. Os receptores canabinóides, como o CB1, estão distribuídos por todo o cérebro e desempenham um papel crucial na regulação do humor, apetite, memória e outras funções cognitivas. Estudos nessa área revelam como a ativação desses receptores estão associadas a diferentes efeitos da maconha.

Além disso, a maconha tem sido associada a mudanças na conectividade cerebral. A ressonância magnética funcional (fMRI) tem sido usada para examinar como o uso da maconha afeta as redes cerebrais. Por exemplo, estudos demonstraram que a maconha pode modificar a conectividade funcional entre regiões cerebrais envolvidas na tomada de decisões, na atenção e na memória de trabalho.

Técnicas de neuroimagem para investigar alterações

As técnicas de neuroimagem, como a ressonância magnética (MRI) e a tomografia por emissão de pósitrons (PET), têm sido utilizadas para investigar os efeitos da maconha no cérebro humano. Essas técnicas permitem visualizar de forma não invasiva as estruturas cerebrais e também o funcionamento neuroquímico.

Através de técnicas de imagem por ressonância, pesquisadores têm buscado identificar alterações morfológicas no cérebro de usuários de maconha. Alguns estudos relataram diferenças em áreas como o hipocampo e o córtex pré-frontal, que desempenham funções cruciais na memória e no processamento cognitivo. No entanto, os resultados nessa área ainda são variáveis e carecem de conclusões definitivas.

Ainda, esses estudos também estão explorando como a maconha afeta o cérebro de pessoas com transtornos mentais, como a esquizofrenia. Essas pesquisas buscam compreender como a cannabis pode interagir com as vulnerabilidades genéticas e ambientais que predispõem indivíduos a transtornos psicóticos.

Comparação com estudos sobre outras drogas de abuso

Como já mencionado anteriormente, o estudo sobre os efeitos da maconha no cérebro humano a longo prazo é uma parte ainda escassa hoje em dia. Em comparação com outras drogas, como o álcool e a nicotina, por exemplo, não temos quase nada em relação à cannabis. No entanto, mesmo com pouco, os estudos e pesquisas já foram iniciados, logo, o esperado é que ao longo dos dias estudos e pesquisas voltadas para a maconha e seu uso sejam efetuados e revisados cada vez mais, construindo assim uma vasta literatura para uma substância muito utilizada e, por enquanto, pouco “conhecida” cientificamente.

O debate em torno dos efeitos da maconha no cérebro humano

Tendo em vista tudo que já foi exposto até aqui, o debate em torno dos efeitos da maconha no cérebro ainda carece de pesquisas profundas a respeito, no entanto, por ser uma pauta contemporânea e muito marcante na vida de todos, principalmente na dos jovens, percebe-se uma maior movimentação na busca de mais informações sobre seu uso e seus efeitos. Um deles é sobre o uso contínuo da cannabis e casos de esquizofrenia, que será abordado de forma mais precisa no tópico seguinte.

Uso contínuo da cannabis e casos de esquizofrenia

Uma pesquisa conduzida por cientistas da Universidade de Copenhague, envolvendo mais de 7 milhões de indivíduos na Dinamarca, revelou que o consumo de cannabis pode quadruplicar o risco de esquizofrenia. Este estudo estabeleceu uma ligação entre o uso de maconha durante a adolescência e uma probabilidade elevada de receber um diagnóstico de esquizofrenia no futuro.

É crucial salientar que não há evidências nas pesquisas indicando que o uso “ocasional” de maconha possa causar efeitos prejudiciais. No entanto, o uso regular e frequente da substância apresenta um potencial risco para o surgimento de distúrbios esquizofrênicos. Esse risco tende a ser mais pronunciado em indivíduos que já possuem uma predisposição biológica para alterações em certas áreas do cérebro.

O estudo examinou todos os fatores de risco relacionados ao desenvolvimento da esquizofrenia, revelando que o uso de cannabis para automedicação foi quatro vezes mais prevalente em comparação com pessoas que tinham o transtorno por outras razões, as quais permaneceram estáveis. A maconha tem o potencial de desencadear a esquizofrenia latente, e o risco de desenvolver essa condição e outras psicoses aumenta, especialmente quando o uso ocorre em idades mais precoces, como na adolescência.

Então por que é na adolescência que o uso da maconha pode ser decisivo para desencadear a esquizofrenia? Pois é na adolescência que acontece o momento decisivo para a maturação de vários circuitos neurais que servem para a organização do cérebro, e os canabinoides contidos na maconha podem atrapalhar essa organização, podendo assim, ajudar no surgimento de transtornos psiquiátricos como a esquizofrenia.

Revisão da Conclusão

A esquizofrenia paranoide embora seja o tipo mais comum desse transtorno, ainda é bastante desconhecida quando se leva em conta todos os seus sintomas, a maioria apenas se lembra das alucinações.

Portanto, muito do que se fala sobre esse problema é mais desinformação do que conhecimento, muitas pessoas conseguem estabilizar o quadro e viver tranquilamente a sua vida, da mesma forma que há aqueles que precisam de um tratamento mais específico.

Diante do exposto, fica explícito que as pesquisas científicas que temos acerca da maconha, evidenciam que seu uso pode ter e tem efeitos adversos no cérebro humano, podendo ser a causa do desenvolvimento de distúrbios psiquiátricos, como é o caso da esquizofrenia. Estudos mostram que o uso contínuo e a exposição crônica do indivíduo à substância causam danos psicológicos a longo prazo e a maioria dos pesquisadores nessa área concordam que o conjunto dos indícios recolhidos até hoje apontam para uma relação causal entre maconha e esquizofrenia.

Além disso, é de saber comum que o uso da maconha pode acarretar também a um vício e, assim, comprometer toda a vida do sujeito, a fim de prevenir um possível desenvolvimento de uma doença incurável e crônica tal qual a esquizofrenia, é imprescindível que sejam adotadas ações que ajude a sair ou a não entrar de vez no vício.

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